Ça va, mes amis ? Hoje preciso contar para vocês ( amigo é para essas horas, n'est-ce pas ? ) a angústia pela que passei, aliás, que minha família passou no sábado, dia 6 de março, com a intensa chuva que caiu sobre a " maravilhosa cidade olímpica ". Era o dia do casamento do meu sobrinho Fernando com Érika. Meses de preparação, de empenho emocional e financeiro, todos sabemos ou pelo menos temos uma ideia de tudo o que envolve uma festa de casamento hoje em dia, principalmente quando o $ é curto e suado. Cliché ? oui, bien sûr...mais vrai.
Todos arrumados e ansiosos para festejar mais um casamento na família de S. Mário e D. Cármen, meus pais, avós do noivo. Entretanto ao sairmos de casa, nenhum táxi. Com uma certa dificuldade conseguimos um motorista que aceitasse nos levar sob intenso temporal para S. Conrado, para uma casa de festas.Nem conseguimos chegar perto tal a inundação nos arredores do local. O casamento que estava marcado para as 19h30 só foi realizado depois de uma loooonga e angustiante espera de 5 horas. Oui, mes amis, 5 horas. Vocês podem bem imaginar o estado dos noivos, dos pais do noivo, minha irmã, minha sobrinha Andrea, todos nós durante todo este tempo sem saber se a cerimônia se realizaria ou não ?!?! Não se cancela um casamento, não se adia, não é um evento que se possa deixar para outro dia, outro momento...isto não existe, nossos corações não aceitavam o que estava acontecendo na cidade olímpica ?!?! A maioria dos convidados foi indo embora, receosos do que poderia advir nesta cidade sem estrutura, sem um governo seriamente empenhado, comprometido com a população, e não esta politicagem dégueulasse. Inseguros, é como todos se sentiam. Et pour cause !! Os que ficaram, a quem serei sempre agradecida, puderam assistir a um casamento emocionante, em que os noivos em lágrimas - contudo aliviados por verem seu amor recompensado - numa capelinha em que foram saudados com palmas, muitas e emocionadas palmas. Que sejam felizes cobertos pelo manto de Maria.
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