domingo, 4 de maio de 2014

Da janela da minha sala de aula na PUC-Rio


Da janela da minha sala de aula, no prédio Cardeal Leme, entre a saída do meu Francês 1 e a chegada do meu Francês 2, quase 17h, me deparei com a mata em frente, companheira de todo sempre. Estava límpida, umedecida pela chuva que só cai tão docemente aqui, na minha faculdade. Não me canso de admirar este encontro da mata com o céu. E penso em como amo este lugar. Sempre foi assim, desde minha graduação meio sem querer ... sim, se não fosse pela generosa compreensão do reitor à época, Pe. Viveiros de Castro, que me deu bolsa de estudos.  Penso nos meus alunos. Alguns me preocupam com seus problemas - sérios- financeiros que os impedem até de vir estudar pois não têm o dinheiro da passagem. Como moram longe, mais transporte, mais dinheiro. Outros despreparados para morar sozinhos e dar conta de tudo...conclusão, estão cansados, bem cansados. Outros com problemas familiares bem sérios. Às vezes, vocês querem saber, nem me sinto bem de ensinar francês para quem precisa de atenção, compreensão, carinho, sim, senhores, carinho, abraço, pois não encontram na família ou porque esta ficou lá longe. Não dá para chegar, dar aula e , usando um termo bem popular, deletar todos estes problemas. Ainda não achei a fórmula. Talvez porque nunca a tenha procurado. 
Vejam só, tentei de todas as formas ajeitar a foto para que ela ficasse direita. Não consegui. Agora, pensando bem, vou deixá-la assim mesmo. Por quê ? Está tudo errado mesmo. O governo, as autoridades 'andam" para o povo. Nada lhes interessa a não ser eles mesmos. E lemos a todo momento notícias completamente descabidas para um povo que já deveria há muito tempo ser civilizado.

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